PT. Ao observar atentamente o universo da produção artística contemporânea emergente nas artes plásticas, é possível perceber-se que existem grupos de criativos, artistas, entre outros agentes culturais, que têm vindo a acompanhar os desenvolvimentos tecnológicos na era digital como forma de expandir e inovar a sua atividade cultural. Apoiado na mesma ideia e com foco no conceito e na experiência do público na sua relação com a arte, a minha prática curatorial é notada pela procura do olhar o mundo à minha volta de forma concisa que me permita abordar conscientemente todos os projetos. Acredito que o que me diferencia pode ser o desejo, o princípio, o conceito, de querer e lutar por incorporar um sistema colaborativo com outros curadores e artistas. Considero que este modo de trabalhar potencia um ambiente altamente criativo que beneficia o processo e resultado curatorial. A minha prática/experiência enquanto curador tem vindo a ser pautada pela indagação da intersecção de formas de trabalhar com arte contemporânea, nomeadamente através do uso das tecnologias disponíveis (digitais). Por exemplo, em “I’m yours, sincerely“, uma performance em que a troca de e-mails entre a performer Alice Joana Gonçalves e o participante é o ponto de partida para o desenvolvimento de séries fotográficas, livros, vídeos e apresentações on-line; “ARS PARK — Parque de Esculturas em Realidade Aumentada” é outro projeto curatorial no qual estou a trabalhar, que discute o espaço público através das interpretações dos artistas, tomando os pontos de partida políticos, sociais e culturais da cidade para desenvolver as suas obras de arte por forma a vitaminar a produção crítica do espaço público e na forma como as pessoas se relacionam e interagem com ele. Também estou vinculado à pesquisa de novas formas de mostrar arte, onde me encontro a desenvolver um projeto de galeria de arte, Guerrilla Gallery, que se pretende diferenciar pela abordagem ao meio. Os temas com os quais tenho vindo a trabalhar, cruzam a relação entre arte contemporânea, ciência e tecnologia – enlaçados pelo conceito de estética relacional de Nicolas Bourriaud (2009) onde se promovem encontros intersubjectivos. Com o meu trabalho assumo como principal objetivo a contribuição para a inovação de práticas e metodologias curatoriais. EN . By observing closely, the universe of emerging contemporary artistic production in the fine arts, it is possible to perceive that there are groups of creatives, artists, among other cultural agents, who have been accompanying technological developments in the digital age to expand and innovate their cultural activity. Based on the same idea and with a focus on the concept and public experience in their relationship with art, my curatorial practice is noted for looking at the world around me in a concise way that allows me to consciously approach all projects. I believe that what distinguishes me represent the desire, the principle, the concept, of wanting and striving to incorporate a collaborative system with other curators and artists. I believe this way of working empowers an extremely creative environment that benefits the curatorial process and its result. My practice/experience as a curator has been guided by the question of the intersection of ways of working with contemporary art, namely using available (digital) technologies. For example, on “I’m yours, sincerely” a performance where the e-mail exchange between the performer Alice Joana Gonçalves and the participant is a starting point to develop photography series, books, videos, and online performances. “ARS PARK – Augmented Reality Sculpture Park” is another curatorial project that I’m working on which discuss the public space through the artist’s interpretations taking the city political, social, cultural as starting points to develop their artworks and create audience cognizance. It will be premier in 2018 at Torres Vedras, a medium size city, in Lisbon district, Portugal. For it, I’m developing an app with a specialized team — a 3D designer, an app developer, and a sound designer — where the user can have a completely immersive experience viewing augmented large-scale sculptures in the city through their mobile devices. These sculptures can be animated and have sound. The city will equally have its own ambient sound made by a sound artist. I am also linked to the research of alternative ways of displaying art, where I discover myself developing an art gallery project, Guerrilla Gallery, which is intended to differentiate by the approach to the medium. The themes with which I have been working, cross the relationship between contemporary art, science and technology – linked by the concept of relational aesthetics of Nicolas Bourriaud (2009) where intersubjective meetings are promoted. With my work, I assume as main objective the contribution to the innovation of curatorial practices and methodologies.

  https://www.jorge-reis.pt